Estréia o primeiro cinema 3D do Brasil
Nesta sexta-feira (08), estreiou no shopping Eldorado, de São Paulo, o primeiro cinema que exibe imagens em três dimensões do Brasil. O sistema foi inaugurado há pouco mais de um ano nos Estados Unidos e chega agora ao país pelas mãos da rede multinacional Cinemark.
A projeção em nada lembra as velhas sessões de filmes 3D, com óculos de celofane azul e vermelho. O ingresso é mais caro que o da sessão normal (15/30 reais) e dá direito ao empréstimo de óculos com lentes polimerizadas para ver o filme em três dimensões. (Os óculos usados pelo repórter estavam com a lente engordurada, dando a impressão de que não foram limpas antes de serem recolocadas em uso).
A sala é uma das poucas do Brasil com projeção digital e a primeira preparada para 3D. O filme escolhido, a animação “A casa monstro”, da Sony, foi exibido sem os velhos problemas que afligiam produções em três dimensões, como as sombras “fantasmas” e as pequenas interrupções. As imagens são projetadas em uma tela prata igual ao de um cinema IMAX (telas normais prejudicam o efeito).
Rodando a 144 quadros por segundo – padrão dos novos projetores digitais – as imagens em três dimensões parecem tão reais quanto pode ser uma animação criada em computadores. A primeira cena, que mostra um folha de bordo caindo em direção à grama, chega a confundir nos momentos iniciais: parece uma locação real.
O sistema 3D em uso pelo Cinemark foi criado pela Real D, empresa fundada em 2001 e que iniciou as projeções digitais do gênero ano passado, com outra animação, "O galinho Chicken Little", da Disney. Aliás, as animações feitas em computadores são facilmente convertidas para o sistema, já que são produzidas originalmente em três dimensões.
Mas filmes “normais” também serão lançados neste formato. Peter Jackson, diretor de “O senhor dos anéis”, e Steven Spielberg já manifestaram a intenção de lançar filmes em 3D brevemente. E James Cameron, diretor do “Titanic”, prepara para 2008 uma ficção científica de milhões de dólares totalmente em 3D.
Fontes: G1, Rádio Kiss FM